01/08/2015

O CUIDADOR FAMILIAR DO IDOSO COM DEMÊNCIA DE ALZHEIMER


          O aumento de famílias que possuem um idoso com o processo demencial da Doença de Alzheimer vem sendo progressivo. O cuidador familiar do idoso com DA é um experiência muito intima, única, e é vivida de formas diferentes, pois depende da fase da doença, da qualidade do suporte familiar e da forma como cada família enfrenta esta situação.

A demência de Alzheimer muda completamente a rotina das famílias do idoso, o quadro do idoso apresenta mudanças quais mudam a sua personalidade, essas mudanças improváveis e diversificadas, acabam que deixando o cuidador familiar estressado, exausto e deprimido.

O cuidado é preciso ser extremo e a carga de tensão das responsabilidades é dobrada, os cuidadores precisam mudar o seu cotidiano e adaptassem as novas relações e tratamentos do idoso, ocasionados a privações e modificações no estilo de vida, fazem isso para incluir as novas necessidades de seu membro doente, e acabam que consumidos fisicamente e emocionalmente.

É comum que um idoso cuide de outro idoso e é importante sobressair que, nesse caso, o idoso que assume a responsabilidade pelo cuidado de outra pessoa idosa também se encontra numa situação de ser cuidado.


O "viver para cuidar" é uma realidade demonstrada nas entrelinhas do cuidador, em que a sua vida passou a ser a vida do idoso a ser cuidado. Os sentimentos presentes do cuidador durante a vida do idoso com DA são os de impaciência, raiva, medo, privação social, solidão, vergonha, compaixão, sobrecarga, frustração, felicidade, amor, satisfação, retribuição, solidariedade.

A raiva é um sentimento vivido no cotidiano do cuidado, em virtude da não aceitação da doença, essa raiva da situação pela qual o cuidador se encontra gera momentos de impaciência pela dificuldade de conduzir e uma dada situação. Os momentos de impaciência causam tristeza no cuidador pelo arrependimento de não ter tido a capacidade de suportar os comportamentos inadequados do idoso sob cuidado. 

O medo é uma constância na vida de alguns cuidadores, medo da evolução da doença, medo de um dia também depender do cuidado de outro, medo que o idoso a ser cuidado perca total memória e esqueça do cuidador, medo da morte e não poder cuidar do idoso.

A privação social e a solidão, deixar de sair com os amigos, de participar de reuniões familiares e de viajar faz parte do cotidiano do cuidador. A solidão de sentir que estar perdendo o companheirismo do idoso com DA, torna-se uma frustração por perceber que os planos do cuidador para a velhice foram irrealizáveis. A solidão é um estado emocional marcado pela carência de relacionamentos afetivos importantes e calorosos. Também há a solidão de perceber ser único responsável pelos cuidados do idoso.

A compaixão é um sentimento que aparece também neste estudo, em que o cuidador sofre pelo sofrimento do idoso doente. A sobrecarga começa a partir do acúmulo de tarefas, falta de privacidade e problemas familiares gerados pelas dificuldades de aceitação em relação à doença do idoso. A sobrecarga devido à função de cuidador único e no tempo prolongado de cuidados são os fatores potenciais de violência familiar.

A felicidade, por poder ter forças e condições de cuidar da sua mãe e do seu pai que se encontram doentes. A satisfação de poder retribuir aos pais o cuidado dispensado por toda a vida.  Cuidado para os cuidadores é visto como uma forma de retorno do cuidado recebido pelos pais isso impulsiona esses filhos a investirem a todo custo no bem-estar daqueles que tanto amam e admiram.


- Lorena Mesquita

Trabalho apresentado em Sala de aula a partir de artigos relacionados ao o assunto.

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